Artigo do blog: Segurança online

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A energia está cara, as contas aumentam e as ofertas para renovar a casa de forma mais eficiente multiplicam-se. Isolamento, bombas de calor, painéis solares, caldeiras ecológicas — as propostas de renovação energética estão por toda parte, muitas vezes impulsionadas por incentivos públicos como o programa Vale Eficiência, o Fundo Ambiental ou apoios regionais.
Mas por trás deste mercado em expansão escondem-se numerosos vigaristas que aproveitam a confiança dos consumidores. Todos os anos, milhares de famílias em Portugal e na Europa são vítimas de empresas fraudulentas, obras inacabadas ou falsos subsídios estatais.
As políticas públicas de eficiência energética incentivaram a reabilitação dos edifícios. No entanto, o sucesso desses programas também atraiu os burlões.
O esquema é quase sempre o mesmo: uma chamada telefónica, uma visita porta a porta ou um anúncio na internet promete obras “grátis” ou “com apoio total”. Quando algo parece bom demais para ser verdade, normalmente é.
Estes falsos profissionais exploram as lacunas administrativas e a falta de conhecimento sobre os programas de apoio. Depois de conseguirem a assinatura, a burla assume várias formas:
Os burlões adaptam-se rapidamente e utilizam métodos cada vez mais sofisticados.
Apesar das restrições impostas desde 2023, muitos consumidores continuam a receber chamadas de alegadas entidades como a “Agência Nacional de Energia” ou o “Serviço de Apoios à Renovação”. Estas entidades não existem e as verdadeiras nunca contactam por telefone.
Vários sites fraudulentos imitam páginas oficiais, usando logótipos e cores institucionais, com domínios como “.gov-pt.info” ou “energia-verde.pro”. Servem apenas para recolher dados pessoais que depois são vendidos a empresas comerciais não certificadas.
Muitas empresas afirmam possuir certificações ADENE ou DGEG sem que isso seja verdade. No entanto, estas certificações são obrigatórias para beneficiar de apoios públicos.
Algumas empresas fazem crer que o Estado cobre a totalidade dos custos. Depois pedem um adiantamento para “reservar o apoio” e desaparecem. Outras enviam documentos falsificados com logótipos oficiais para parecerem legítimas.
A situação mais frustrante: depois de receber o pagamento inicial, a empresa inicia as obras e abandona o local, deixando o imóvel em ruínas e o cliente sem proteção.
As vítimas enfrentam perdas financeiras, danos materiais e até problemas legais.
Existem sinais claros que podem ajudar a identificar uma fraude antes que seja tarde:
Em 2024, várias empresas portuguesas foram condenadas por burlas relacionadas com obras de eficiência energética.
Entre os casos mais conhecidos:
Estes casos levaram o governo a reforçar os controlos e a aplicar sanções mais severas a práticas enganosas.
É fundamental agir rapidamente:
Desde 2024, estão em vigor várias medidas para proteger os consumidores:
Estas medidas não eliminam totalmente a fraude, mas facilitam as denúncias e a responsabilização.
Antes de assinar qualquer contrato, siga estes passos simples:
Algumas vítimas descobrem que a empresa declarou falência após receber o dinheiro. Nesses casos:
As burlas nas obras de renovação energética tornaram-se um verdadeiro flagelo, alimentadas pela complexidade dos apoios e pela confiança mal colocada dos consumidores.
Por trás das promessas de poupança e sustentabilidade escondem-se muitas vezes práticas desonestas e prejuízos graves.
A melhor defesa é simples: verifique antes de assinar.
Desconfie sempre de ofertas “milagrosas” ou de empresas que o pressionem a decidir rapidamente.
A renovação energética continua a ser um investimento inteligente — desde que feita com profissionais certificados e transparentes.
Antes de aceitar qualquer proposta, consulte adene.pt ou um técnico qualificado para confirmar a legitimidade da empresa.